É qualquer tipo de violência que acontece em espaços abertos ou públicos, nos quais há convívio ou circulação de pessoas.
Existem diversos espaços, abertos ou públicos, nos quais a violência pode acontecer. Por exemplo:
Muitas destas formas de violência são crime. Por exemplo:
Qualquer pessoa pode ser vítima de violência na rua.
Os jovens (tanto os rapazes como as raparigas), como passam muito do seu tempo em atividades na rua, correm maior risco de serem vítimas de violência na rua, por exemplo:
É importante que não te esqueças que, apesar disto, a maioria dos jovens não é vítima de violência na rua. Mesmo assim, vale a pena adotares comportamentos que te protejam e mantenham sempre em segurança. Para saberes mais vai a:
COMO TE MANTERES SEGURO/A:
Na altura em que a violência está a acontecer a vítima pode:
Também pode sentir-se medo:
É natural que caso tenhas sido vítima de uma agressão, de um assalto ou de outra forma de crime ou violência na rua te sintas desta forma. Muitas vítimas de violência ou crime na rua também se sentiram assim.
Estes sentimentos e pensamentos são uma reação do teu organismo a tudo o que aconteceu: perante uma experiência perigosa e que coloca em causa o teu bem-estar e integridade, o teu corpo tenta defender-se e proteger-se.
As reações também dependem da violência envolvida no crime e dos comportamentos do/a agressor/a:
Se fores vítima de violência na rua:
A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) é uma instituição particular de solidariedade social que presta informação, proteção e apoio emocional, psicológico, jurídico e social a todas as vítimas de crimes, aos seus familiares e amigos.
O apoio é gratuito e CONFIDENCIAL (o que significa que não precisas de te identificar para falares connosco – dizer o teu nome, onde moras ou o nome dos teus pais, por exemplo).
A APAV possui uma rede nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima espalhados por diferentes regiões do país. Neles tens ao dispor um conjunto de Técnicos de Apoio à Vítima, devidamente formados e preparados, que podem aconselhar-te, apoiar-te e responder às tuas dúvidas e preocupações.
Se precisares de ajuda ou informação podes:
QUALQUER PESSOA QUE TENHA SIDO VÍTIMA DE CRIME OU QUE TENHA TESTEMUNHADO A OCORRÊNCIA DE UM CRIME PODE DENUNCIÁ-LO.
Se foste vítima ou testemunhaste algum crime, é muito importante que o denuncies às autoridades. Se o fizeres, a probabilidade de a pessoa que o cometeu ser punida e impedida de fazer o mesmo a outras pessoas é maior.
O QUE ACONTECE QUANDO ALGUÉM FAZ UMA DENÚNCIA?
Após a denúncia e/ou queixa-crime inicia-se uma FASE DE INVESTIGAÇÃO.
No fim da INVESTIGAÇÃO, o MAGISTRADO DO MINISTÉRIO PÚBLICO pode:
Para saberes mais sobre aquilo que pode acontecer no final da INVESTIGAÇÃO, clica AQUI.
Quando há acusação contra alguém pela prática de crime, acontece um JULGAMENTO.
Após o Julgamento o Juiz decreta a SENTENÇA: ou condena ou absolve a pessoa acusada de ter praticado o crime.
ONDE PODE SER EFETUAQDA A DENÚNCIA OU A APRESENTAÇÃO DE QUEIXA-CRIME?
No caso dos crimes que não são públicos, a queixa deve ser apresentada até ao prazo máximo de seis meses a contar a partir da data em que o crime aconteceu.
Para saberes mais sobre a denúncia, clica AQUI.
O QUE É PRECISO PARA EFETUAR UMA DENÚNCIA OU APRESENTAR QUEIXA-CRIME?
Tanto a denúncia como a apresentação de queixa-crime são procedimentos gratuitos, não acarretando qualquer custo para a vítima ou para a pessoa denunciante.
Em qualquer dos locais onde se pode apresentar queixa ou denunciar, é importante dar o máximo de informação sobre o que aconteceu:
As informações serão registadas e enviadas para o Ministério Público. O/a agressor/a será, depois, chamado/a pelas autoridades policiais para ser ouvido/a.
Para mais informações sobre como denunciar, clica AQUI.
É natural que te sintas apreensivo/a por ter que falar com as autoridades policiais sobre o que aconteceu ou sobre o que testemunhaste. Contudo, podes ter ajuda ao longo de todo o processo.
Decidas o que decidires, TENS SEMPRE DIREITO A SER APOIADO/A. Mesmo que não denuncies o crime, é muito importante falar com alguém sobre o que te aconteceu, sobre como te sentes e obter todo o auxílio e apoio de que necessitas.
Se quiseres conversar com alguém antes de decidires, os TÉCNICOS DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE APOIO À VÍTIMA estão disponíveis para te informar e aconselhar.
Consulta os nossos contactos AQUI.
Não. O número de crimes que é cometido contra as pessoas (por exemplo, furtos) é maior nas alturas do dia em que há maior movimento e interação entre pessoas. Por exemplo, nos transportes públicos há mais crime durante o dia, nas chamadas “horas de ponta”, que correspondem às alturas do dia em que há um maior número de pessoas a deslocar-se para o trabalho/escola ou do trabalho/escola para casa. Por norma, exceto nos ambientes de diversão noturna, a maior parte das interações e movimentações de pessoas acontece durante o dia (e não à noite) logo, há mais risco de ser vítima de um crime na rua durante o dia do que durante a noite.
Já os crimes contra a propriedade privada ou pública (ex.: assaltos a estabelecimentos de comércio ou de serviços; vandalização de caixotes do lixo, paragens de autocarro, etc.) podem acontecer com maior frequência durante a noite, por causa da ausência de vigilância humana, ou seja, do menor número de pessoas que circula nas ruas e que frequenta os estabelecimentos comerciais.
Não. Podes achar que estás mais seguro/a se trouxeres contigo uma arma (um canivete ou uma navalha) por pensares que com ela consegues assustar quem te queira assaltar ou agredir. Contudo, isto não corresponde ao que acontece na realidade. Andares com uma arma, mesmo que seja para autodefesa, pode colocar-te em maior risco de que algo perigoso te aconteça:
Para saberes mais sobre as consequências legais vai a FOSTE AGRESSIVO/A – QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS?.
Não. Reagir com violência pode ser arriscado: pode aumentar a probabilidade de o/ agressor/a se tornar ainda mais agressivo/a ou violento/a contigo. Nestas circunstâncias, ele/ela pode usar mais força física ou uma arma para conseguir o que quer e, por causa disso, corres maior risco de saíres ferido/a da situação.
Se alguém te abordar na rua com a intenção de te agredir ou de assaltar, a melhor atitude é não oferecer resistência. Logo que consigas, procura a ajuda de um adulto que esteja por perto. Também podes ligar para o 112.
Para mais informações vai a O QUE FAZER?.
Ambos. Qualquer pessoa pode ser vítima de um crime ou de violência na rua. As situações que têm lugar na rua são, normalmente, situações de oportunidade, ou seja, acontecem porque o/a agressor/a deteta um alvo “fácil”. Esta facilidade não tem necessariamente a ver com o facto de se ser rapaz ou rapariga. Está mais associada ao local em que te encontras (por exemplo, se o local é vigiado ou não; se existem mais pessoas à volta; se é ou não muito movimentado) e aos objetos que transportas (um telemóvel exposto ou pousado num sítio acessível pode ser um alvo fácil). Para mais informações, consulta: