É uma forma de violência que acontece quando uma pessoa da nossa família ou alguém com quem se tem ou teve uma relação íntima nos magoa, maltrata ou tenta magoar ou maltratar.
Testemunhar (ver ou ouvir) episódios de violência entre pessoas com quem vivemos ou entre membros da nossa família também é uma forma de violência.
A violência doméstica pode acontecer:
QUALQUER ADULTO, CRIANÇA OU JOVEM PODE SER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.
MAUS TRATOS PSICOLÓGICOS E EMOCIONAIS:
MAUS TRATOS FÍSICOS:
Quando os pais, as pessoas que deveriam cuidar de nós, os irmãos ou outros familiares usam a agressão física, a força física ou a ameaça para nos controlar, humilhar ou castigar.
Alguns exemplos:
VIOLÊNCIA SEXUAL:
A violência sexual pode envolver outras formas de violência, tais como a violência psicológica, emocional e física:
Sabe mais sobre este tema em VIOLÊNCIA SEXUAL
EXPLORAÇÃO PELO TRABALHO:
NEGLIGÊNCIA:
TESTEMUNHAR AGRESSÕES E DISCUSSÕES ENTRE OS PAIS:
Quando a violência doméstica está presente nas nossas vidas pode:
Estas são apenas algumas das reações que podem surgir quando se vive uma experiência como esta. Podem ter-se outras reações.
Estas reações são naturais. São respostas do nosso corpo a uma experiência de vida que pode ser difícil e exigente.
Viver uma situação de violência doméstica também pode prejudicar a nossa autoestima e a visão que temos de nós mesmos:
Pode tornar-se mais difícil relacionarmo-nos com as outras pessoas:
Também podem surgir alguns problemas escolares:
Também podem surgir sintomas físicos e problemas de saúde:
Se fores vítima de violência doméstica:
Quando a violência estiver a acontecer:
A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) é uma instituição particular de solidariedade social que presta informação, proteção e apoio emocional, psicológico, jurídico e social a todas as vítimas de crimes, aos seus familiares e amigos.
O apoio é gratuito e CONFIDENCIAL (o que significa que não precisas de te identificar para falares connosco – dizer o teu nome, onde moras ou o nome dos teus pais, por exemplo).
A APAV possui uma rede nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima espalhados por diferentes regiões do país. Neles tens ao dispor um conjunto de Técnicos de Apoio à Vítima, devidamente formados e preparados, que podem aconselhar-te, apoiar-te e responder às tuas dúvidas e preocupações.
Se precisares de ajuda ou informação podes:
QUALQUER PESSOA QUE TENHA SIDO VÍTIMA DE CRIME OU QUE TENHA TESTEMUNHADO A OCORRÊNCIA DE UM CRIME PODE DENUNCIÁ-LO.
Se foste vítima ou testemunhaste algum crime, é muito importante que o denuncies às autoridades. Se o fizeres, a probabilidade de a pessoa que o cometeu ser punida e impedida de fazer o mesmo a outras pessoas é maior.
O QUE ACONTECE QUANDO ALGUÉM FAZ UMA DENÚNCIA?
Após a denúncia e/ou queixa-crime inicia-se uma FASE DE INVESTIGAÇÃO.
No fim da INVESTIGAÇÃO, o MAGISTRADO DO MINISTÉRIO PÚBLICO pode:
Para saberes mais sobre aquilo que pode acontecer no final da INVESTIGAÇÃO, clica AQUI.
Quando há acusação contra alguém pela prática de crime, acontece um JULGAMENTO.
Após o Julgamento o Juiz decreta a SENTENÇA: ou condena ou absolve a pessoa acusada de ter praticado o crime.
No caso dos crimes que não são públicos, a queixa deve ser apresentada até ao prazo máximo de seis meses a contar a partir da data em que o crime aconteceu.
Para saberes mais sobre a denúncia, clica AQUI.
Tanto a denúncia como a apresentação de queixa-crime são procedimentos gratuitos, não acarretando qualquer custo para a vítima ou para a pessoa denunciante.
Em qualquer dos locais onde se pode apresentar queixa ou denunciar, é importante dar o máximo de informação sobre o que aconteceu:
As informações serão registadas e enviadas para o Ministério Público. O/a agressor/a será, depois, chamado/a pelas autoridades policiais para ser ouvido/a.
Para mais informações sobre como denunciar, clica AQUI.
É natural que te sintas apreensivo/a por ter que falar com as autoridades policiais sobre o que aconteceu ou sobre o que testemunhaste. Contudo, podes ter ajuda ao longo de todo o processo.
Decidas o que decidires, TENS SEMPRE DIREITO A SER APOIADO/A. Mesmo que não denuncies o crime, é muito importante falar com alguém sobre o que te aconteceu, sobre como te sentes e obter todo o auxílio e apoio de que necessitas.
Se quiseres conversar com alguém antes de decidires, os TÉCNICOS DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE APOIO À VÍTIMA estão disponíveis para te informar e aconselhar. Consulta os nossos contactos AQUI.
Não. Apesar de os atos de violência que acontecem entre marido e mulher serem um exemplo de violência doméstica, existem muitas outras formas de violência doméstica (envolvendo outros familiares), por exemplo:
A violência doméstica pode afetar qualquer família e qualquer pessoa, independentemente da sua classe social ou rendimentos. Provavelmente, ouves falar mais vezes sobre casos de violência doméstica envolvendo famílias mais desfavorecidas devido à atenção dada pelos meios de comunicação social a este tipo de situações.
Não. Para sabermos se um comportamento se enquadra no conceito de violência doméstica, devemos atender sobretudo ao tipo de relacionamento ou de ligação entre as pessoas envolvidas, e não tanto ao local em que os factos ocorreram.
Apesar de o conceito “doméstica” estar associado ao espaço “casa” e de muitas situações de violência doméstica acontecerem no interior das habitações, entre pessoas que vivem juntas, a violência doméstica também pode acontecer em outros espaços (na rua, por exemplo) e entre pessoas que não vivem juntas (por exemplo, um jovem casal de namorados). Por isto mesmo, as situações de violência no namoro na adolescência podem ser incluídas no crime de violência doméstica que existe no código penal português. Vai a VIOLÊNCIA NO NAMORO para mais informações.
Não. Se já assististe ou ouviste em tua casa episódios de violência:
Vai a FOSTE TESTEMUNHA – O QUE FAZER? para obteres mais informações.