É uma forma de violência contínua que acontece entre colegas da mesma turma, da mesma escola ou entre pessoas que tenham alguma característica em comum (por exemplo: terem mais ou menos a mesma idade; estudarem no mesmo sítio).
No bullying:
- Existe um desequilíbrio de poder entre quem agride e quem é agredido/a:
- Os comportamentos agressivos repetem-se no tempo: acontecem mais do que uma vez.
- Os comportamentos agressivos são propositados: têm o objetivo de assustar, magoar, humilhar e intimidar a vítima.
- As agressões podem ser cometidas contra uma vítima ou contra várias vítimas.
BULLYING FÍSICO:
BULLYING SEXUAL:
Vai a VIOLÊNCIA SEXUAL para saberes mais.
BULLYING VERBAL:
BULLYING SOCIAL:
CYBERBULLYING:
Para saberes mais sobre cyberbullying vai a VIOLÊNCIA ONLINE.
BULLYING LGBTIFÓBICO:
Forma de bullying motivada pelo preconceito em relação à orientação sexual ou identidade de género de outra pessoa (seja essa pessoa homossexual, heterossexual, bissexual ou transsexual).
Pode tomar a forma de bullying físico, sexual, verbal, social e/ou cyberbullying, como, por exemplo:
Para mais informações sobre este assunto, clica AQUI.
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Estas diferentes formas de bullying podem evoluir, de formas menos graves de bullying para formas mais graves.
Por exemplo: os insultos ou comentários negativos podem dar lugar às agressões físicas.
A VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA está presente em cada uma destas formas de bullying: qualquer que seja o tipo de bullying, o objetivo é causar mal-estar, desconforto, medo, vergonha e insegurança à vítima. Em termos de perfil da pessoa agressora, os rapazes, em média, praticam mais bullying direto (físico e/ou verbal), enquanto as raparigas tendem a praticar mais bullying indireto (social e relacional).
Estes comportamentos continuam a ser uma forma de violência caso aconteçam fora da escola, por exemplo, no caminho para casa ou numa visita de estudo.
Sinais de que alguém está a ser vítima de bullying/Consequências da vitimação:
A vítima de bullying pode apresentar um conjunto de sintomas e sinais provocados pela vitimação, que podem ajudar a identificar essa situação de violência, alertando as/os colegas e/ou pessoas adultas responsáveis para a possibilidade de algo errado estar a acontecer.
Exemplos:
É importante salientar que, no entanto, nem todas as vítimas de bullying apresentam sintomas/sinais de que isso está a acontecer.
Sinais/ Consequências dos agressores ou agressoras (exemplos):
O que fazer se conhecer alguém vítima de bullying?
O que fazer se conhecer uma pessoa agressora (bully)?
O que fazer perante uma situação de bullying?
Apesar do fenómeno do bullying não estar criminalizado no Código Penal Português, em alguns casos poderá existir a apresentação de queixa nas autoridades competentes quando associado a outro tipo de crimes.
IMPORTANTE: O bullying não faz parte do natural e saudável crescimento da criança e/ou jovem. Não é algo que se resolva com recurso à violência, ou que geralmente termine de forma natural. É um fenómeno sério, grave e, de acordo com os dados conhecidos, muito recorrente. Nem sempre as crianças e jovens conseguem resolver sozinhas estas situações. A ajuda de pessoas adultas é fundamental! O ignorar é uma forma de legitimar estas situações, fomentando o sentimento de impunidade junto de quem pratica esses atos. Todos os contextos de vida das crianças e jovens ─ família, escola, comunidade ─ tem a responsabilidade de promover o seu bem-estar e segurança, combatendo e prevenindo situações de bullying.”
Passar por uma experiência de bullying, principalmente quando a vives sozinho/a, pode ser complicado…
Podes sentir vergonha de contar o que se está a passar.
Se contares, podes ter medo do que possa acontecer:
Todas estas inseguranças e medos são naturais. Muitas vítimas sentem-se assim.
Os teus verdadeiros amigos vão acreditar no que lhes contares. Eles serão os primeiros a querer ajudar-te e a proteger-te.
Se, por acaso, se afastarem de ti numa altura em que tanto precisas, pode ser sinal que não são teus verdadeiros amigos.
Muitas vítimas também podem sentir-se:
Há vítimas que também podem:
Também podem surgir sintomas físicos e problemas de saúde:
A melhor forma de ultrapassar a situação é enfrentá-la! Há estratégias que podes usar para te protegeres.
Para mais informações vai a O QUE FAZER?.
Se fores vítima de bullying:
Quer tenhas ou não pedido ajuda ou denunciado o que se estiver a passar, há algumas estratégias que podes sempre usar para te protegeres:
A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) é uma instituição particular de solidariedade social que presta informação, proteção e apoio emocional, psicológico, jurídico e social a todas as vítimas de crimes, aos seus familiares e amigos.
O apoio é gratuito e CONFIDENCIAL (o que significa que não precisas de te identificar para falares connosco – dizer o teu nome, onde moras ou o nome dos teus pais, por exemplo).
A APAV possui uma rede nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima espalhados por diferentes regiões do país. Neles tens ao dispor um conjunto de Técnicos de Apoio à Vítima, devidamente formados e preparados, que podem aconselhar-te, apoiar-te e responder às tuas dúvidas e preocupações.
Se precisares de ajuda ou informação podes:
QUALQUER PESSOA QUE TENHA SIDO VÍTIMA DE CRIME OU QUE TENHA TESTEMUNHADO A OCORRÊNCIA DE UM CRIME PODE DENUNCIÁ-LO.
Se foste vítima ou testemunhaste algum crime, é muito importante que o denuncies às autoridades. Se o fizeres, a probabilidade de a pessoa que o cometeu ser punida e impedida de fazer o mesmo a outras pessoas é maior.
O QUE ACONTECE QUANDO ALGUÉM FAZ UMA DENÚNCIA?
Após a denúncia e/ou queixa-crime inicia-se uma FASE DE INVESTIGAÇÃO.
No fim da INVESTIGAÇÃO, o MAGISTRADO DO MINISTÉRIO PÚBLICO pode:
Para saberes mais sobre aquilo que pode acontecer no final da INVESTIGAÇÃO, clica AQUI.
Quando há acusação contra alguém pela prática de crime, acontece um JULGAMENTO.
Após o Julgamento o Juiz decreta a SENTENÇA: ou condena ou absolve a pessoa acusada de ter praticado o crime.
No caso dos crimes que não são públicos, a queixa deve ser apresentada até ao prazo máximo de seis meses a contar a partir da data em que o crime aconteceu.
Para saberes mais sobre a denúncia, clica AQUI.
Tanto a denúncia como a apresentação de queixa-crime são procedimentos gratuitos, não acarretando qualquer custo para a vítima ou para a pessoa denunciante.
Em qualquer dos locais onde se pode apresentar queixa ou denunciar, é importante dar o máximo de informação sobre o que aconteceu:
As informações serão registadas e enviadas para o Ministério Público. O/a agressor/a será, depois, chamado/a pelas autoridades policiais para ser ouvido/a.
Para mais informações sobre como denunciar, clica AQUI.
É natural que te sintas apreensivo/a por ter que falar com as autoridades policiais sobre o que aconteceu ou sobre o que testemunhaste. Contudo, podes ter ajuda ao longo de todo o processo.
Decidas o que decidires, TENS SEMPRE DIREITO A SER APOIADO/A. Mesmo que não denuncies o crime, é muito importante falar com alguém sobre o que te aconteceu, sobre como te sentes e obter todo o auxílio e apoio de que necessitas.
Se quiseres conversar com alguém antes de decidires, os TÉCNICOS DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE APOIO À VÍTIMA estão disponíveis para te informar e aconselhar. Consulta os nossos contactos AQUI.
Não. Para além do bullying, há outras formas de violência na escola, por exemplo: roubos; vandalização do material ou da propriedade escolar; violência contra professores ou outros funcionários; violência dentro da sala de aula; violência sexual; violência no namoro.
Não. A violência não é um comportamento normal. A violência também não é uma brincadeira. Nas brincadeiras é suposto que todos os intervenientes retirem gozo e prazer da experiência. Os colegas podem “pregar” partidas uns aos outros mas, quando essas brincadeiras têm como propósito envergonhar, magoar ou prejudicar outra pessoa deixam de ser partidas para serem um comportamento agressivo ou violento.
Se pensares desta forma “como me sentiria se fosse eu que estivesse no lugar daquele/a rapaz/rapariga que está ali a ser gozado/a?” rapidamente percebes que a brincadeira só é engraçada para alguns (para quem está a ser gozado/a não é engraçado e, pelo contrário, pode causar vergonha, medo e muito desconforto).
Ambos: quer rapazes quer raparigas podem cometer bullying. Os rapazes e as raparigas distinguem-se pelas formas de agressão que costumam usar:
O bullying é um comportamento que geralmente se inicia no ensino básico. Pode, no entanto, continuar durante o ensino secundário e a idade adulta. Se ninguém tomar qualquer atitude em relação à situação, alguém que é agressivo/a quando é jovem manterá esse comportamento nos seus relacionamentos futuros (de amizade, de trabalho, de intimidade).
Sim. O impacto psicológico de uma experiência de violência depende de diferentes fatores:
Podes apoiá-lo/la e dar-lhe mais atenção, passando, por exemplo, mais tempo com ele/ela. Deves mostrar que compreendes o que ele/ela está a viver e que entendes que não queira contar a ninguém. Mesmo assim, aconselha-o/a a contar a alguém: diz ao teu amigo/a para procurar ajuda junto dos pais, dos professores ou de outros profissionais.
Vai a FOSTE TESTEMUNHA – O QUE FAZER? para obteres mais informações.