Logo Triplo

BULLYING

 É uma forma de violência contínua que acontece entre colegas da mesma turma, da mesma escola ou entre pessoas que tenham alguma característica em comum (por exemplo: terem mais ou menos a mesma idade; estudarem no mesmo sítio).

  • Entre pessoas da mesma família;
  • Entre pessoas casadas ou em união de facto;
  • Entre pessoas que têm filhos em comum;
  • Entre pessoas que já estão separadas ou cuja relação já terminou;
  • Entre pessoas que têm uma relação de namoro, apesar de não morarem juntas.

No bullying:

- Existe um desequilíbrio de poder entre quem agride e quem é agredido/a:

  • Quem agride é mais forte ou está em maior número do que a vítima (por exemplo, um grupo de colegas da mesma turma agride um colega de outra turma);
  • A vítima tem alguma característica física que a torna “diferente” dos outros (por exemplo, é mais baixa/ mais alta que os colegas; usa óculos ou aparelho nos dentes; tem sardas; tem uma forma diferente de se vestir; é de uma etnia diferente da maioria ou tem outra nacionalidade);
  • A vítima tem alguma característica na sua “forma de ser” que a pode tornar mais frágil (por exemplo, ser inseguro/a, calado/a e isolado/a, ter uma visão negativa sobre si mesmo/a ).

- Os comportamentos agressivos repetem-se no tempo: acontecem mais do que uma vez.

- Os comportamentos agressivos são propositados: têm o objetivo de assustar, magoar, humilhar e intimidar a vítima.

- As agressões podem ser cometidas contra uma vítima ou contra várias vítimas.

 QUE FORMAS DE BULLYING EXISTEM?

BULLYING FÍSICO:

  • Empurrar, amarrar ou prender;
  • Dar bofetadas, murros ou pontapés;
  • Cuspir, morder;
  • Roubar dinheiro ou outros bens pessoais;
  • Rasgar roupa e/ou estragar objetos;
  • Perseguir.

BULLYING SEXUAL:

  • Insultar ou fazer comentários de natureza sexual;
  • Fazer toque(s) indesejado(s);
  • Obrigar à prática de atos sexuais.

Vai a VIOLÊNCIA SEXUAL para saberes mais.

BULLYING VERBAL:

  • Chamar nomes;
  • Gritar;
  • Gozar, fazer comentários negativos ou críticas humilhantes;
  • Ameaçar;
  • Atribuir alcunhas desagradáveis;
  • Fazer comentários discriminatórios (em função da raça, cor, origem étnica ou nacional, ascendência, religião, sexo, orientação sexual, identidade de género ou deficiência física ou psíquica da vítima).

BULLYING SOCIAL:

  • Deixar de fora dos trabalhos de grupo e/ou dos jogos;
  • Inventar mentiras;
  • Espalhar rumores, boatos ou comentários negativos ou humilhantes;
  • Ignorar;
  • Mostrar indiferença;
  • Isolar a vítima.

CYBERBULLYING:

  • Espalhar informação falsa, assediar/perseguir, incomodar e/ou insultar através de SMS, MMS, e-mail, websites, chats, redes sociais.

Para saberes mais sobre cyberbullying vai a VIOLÊNCIA ONLINE.

BULLYING LGBTIFÓBICO:

Forma de bullying motivada pelo preconceito em relação à orientação sexual ou identidade de género de outra pessoa (seja essa pessoa homossexual, heterossexual, bissexual ou transsexual).

Pode tomar a forma de bullying físico, sexual, verbal, social e/ou cyberbullying, como, por exemplo:

  • Contar (ou ameaçar contar) a outras pessoas, contra a nossa vontade, segredos ou informações sobre a nossa sexualidade (também designado por outing);
  • Discriminar com base na nossa identidade e/ou expressão do género (relacionado com a maneira como nos vestimos e/ou nos expressamos);
  • Fazer comentários negativos de cariz sexual e/ou gestos obscenos;
  • Praticar toques sexuais indesejados ou outros atos sexuais contra a nossa vontade;
  • Fazer comentários e/ou piadas LGBTIfóbicas;
  • Denegrir a nossa imagem junto de outras pessoas, inventando mentiras ou espalhando rumores/informação falsa;
  • Excluir-nos propositadamente do nosso grupo de amigos e/ou forçar o afastamento dos amigos ou das pessoas que nos são mais próximas;
  • Deixar-nos de fora das atividades, dos desportos/jogos e/ou das coisas que gostamos de fazer.


Para mais informações sobre este assunto, clica AQUI.

COM A COLABORAÇÃO DE:
PROJECTO TUDO VAI MELHORAR™
Logo do Projeto Tudo vai melhorar

Estas diferentes formas de bullying podem evoluir, de formas menos graves de bullying para formas mais graves.

Por exemplo: os insultos ou comentários negativos podem dar lugar às agressões físicas.

A VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA está presente em cada uma destas formas de bullying: qualquer que seja o tipo de bullying, o objetivo é causar mal-estar, desconforto, medo, vergonha e insegurança à vítima. Em termos de perfil da pessoa agressora, os rapazes, em média, praticam mais bullying direto (físico e/ou verbal), enquanto as raparigas tendem a praticar mais bullying indireto (social e relacional).

 LEMBRA-TE QUE...

Estes comportamentos continuam a ser uma forma de violência caso aconteçam fora da escola, por exemplo, no caminho para casa ou numa visita de estudo.


Sinais de que alguém está a ser vítima de bullying/Consequências da vitimação:

A vítima de bullying pode apresentar um conjunto de sintomas e sinais provocados pela vitimação, que podem ajudar a identificar essa situação de violência, alertando as/os colegas e/ou pessoas adultas responsáveis para a possibilidade de algo errado estar a acontecer. 
Exemplos: 

  • Receio de falar sobre o que se está a passar;
  • Mostrar-se assustada/o, recusar ou não querer ir para a escola (ex.: pedir para ser levada/o e buscada/o às aulas, fingir estar doente);
  • Perda de apetite e/ou dores de barriga frequentes;
  • Irritabilidade extrema, tornando-se agressiva/o;
  • Mudança de comportamento repentina;
  • Sentir culpa e/ou vergonha do que está a acontecer;
  • Dificuldade em adormecer (pesadelos, insónias, etc.);
  • Ansiedade, medo e insegurança;
  • Tristeza e diminuição da autoestima;
  • Diminuição do rendimento escolar e/ou dificuldade de concentração;
  • Isolar-se da família e amigas/os;
  • “Perder” constantemente o almoço ou outros objetos pessoais, não sendo capaz de explicar o que aconteceu;
  • Envolvimento em comportamentos de risco, nomeadamente no consumo de estupefacientes;
  • Automutilação, tentativa de suicídio ou, em último caso, suicídio.

É importante salientar que, no entanto, nem todas as vítimas de bullying apresentam sintomas/sinais de que isso está a acontecer. 


Sinais/ Consequências dos agressores ou agressoras (exemplos):

  • Maior impulsividade e baixa tolerância à frustração;
  • Atitudes preconceituosas;
  • Baixa empatia para com as pessoas;
  • Maior predisposição para o consumo de substâncias ilícitas;
  • Maior probabilidade de se envolverem, precocemente, em comportamentos de delinquência, vandalismo ou criminalidade;
  • Irritabilidade extrema, tornando-se agressiva/o;
  • Dificuldade em gerir emoções;
  • Diminuição do rendimento escolar e/ou dificuldade de concentração.


O que fazer se conhecer alguém vítima de bullying?

  • Conversar num local privado para garantir que a vítima se sente segura e confortável;
  • Ouvir com atenção o que está a ser relatado;
  • Mostrar preocupação e interesse pelo que está a ser contado;
  • Mostrar que acredita no que está a ouvir;
  • Não fazer nenhum juízo de valor, nem perguntas do tipo “porquê?”, pois a pessoa não tem culpa do que aconteceu;
  • Oferecer-se para acompanhar a vítima no pedido de ajuda;
  • Pedir ajuda a uma pessoa adulta de confiança.


O que fazer se conhecer uma pessoa agressora (bully)?

  • Não ignorar a situação;
  • Relatar a situação a uma pessoa adulta de confiança;
  • Não confrontar a pessoa agressora, mas chamar a atenção de pessoas adultas para a situação.


O que fazer perante uma situação de bullying?

Apesar do fenómeno do bullying não estar criminalizado no Código Penal Português, em alguns casos poderá existir a apresentação de queixa nas autoridades competentes quando associado a outro tipo de crimes. 


IMPORTANTE: O bullying não faz parte do natural e saudável crescimento da criança e/ou jovem. Não é algo que se resolva com recurso à violência, ou que geralmente termine de forma natural. É um fenómeno sério, grave e, de acordo com os dados conhecidos, muito recorrente. Nem sempre as crianças e jovens conseguem resolver sozinhas estas situações. A ajuda de pessoas adultas é fundamental! O ignorar é uma forma de legitimar estas situações, fomentando o sentimento de impunidade junto de quem pratica esses atos. Todos os contextos de vida das crianças e jovens ─ família, escola, comunidade ─ tem a responsabilidade de promover o seu bem-estar e segurança, combatendo e prevenindo situações de bullying.” 

Passar por uma experiência de bullying, principalmente quando a vives sozinho/a, pode ser complicado…

Podes sentir vergonha de contar o que se está a passar.

Se contares, podes ter medo do que possa acontecer:

  • sofrer retaliações, perseguições ou ainda mais agressões, caso que os colegas que te têm agredido descubram;
  • pensar que ninguém acreditará no que estás a dizer;
  • pensar que os teus amigos se vão afastar, em vez de te apoiarem;
  • achar que ninguém vai ser capaz de te ajudar a ultrapassar a situação.

Todas estas inseguranças e medos são naturais. Muitas vítimas sentem-se assim.

 LEMBRA-TE QUE...

Os teus verdadeiros amigos vão acreditar no que lhes contares. Eles serão os primeiros a querer ajudar-te e a proteger-te.
Se, por acaso, se afastarem de ti numa altura em que tanto precisas, pode ser sinal que não são teus verdadeiros amigos.

Muitas vítimas também podem sentir-se:

 tristes;

 sozinhas;

 inseguras;

 ansiosas;

 com medo;

 desconfiadas;

 rejeitadas;

 humilhadas.

Há vítimas que também podem:

  • ficar com medo de ir para a escola e fazer tudo para não ir (por exemplo, fingir estar doente para não ter que ir às aulas);
  • descer as notas nos testes;
  • afastar-se dos amigos e de outras pessoas com quem gostavam de conviver;
  • perder vontade de fazer coisas que antes adoravam fazer (por exemplo, andar de bicicleta).

Também podem surgir sintomas físicos e problemas de saúde:

  • dificuldade em adormecer;
  • acordar durante a noite;
  • pesadelos frequentes;
  • perda de apetite;
  • dores de barriga, enjoos, tonturas (por exemplo, quando pensam que têm de ir para a escola ou quando entram na escola);
  • dores de cabeça;
  • suores, batimento cardíaco acelerado (por exemplo, quando pensam que têm de ir para a escola ou quando entram na escola).

A melhor forma de ultrapassar a situação é enfrentá-la! Há estratégias que podes usar para te protegeres.
Para mais informações vai a O QUE FAZER?.

Se fores vítima de bullying:

  • Conta o que se está a passar a um/a amigo/a ou colega em quem confies. A simples presença de um amigo/a ou colega pode ajudar-te e proteger-te.
  • Conta o que se está a acontecer a algum adulto de confiança que trabalhe na escola. Conta também aos teus pais. Os adultos só poderão ajudar-te se souberem o que estás a viver.
  • Mesmo assim, é importante que a situação seja denunciada às autoridades. Para saberes como fazê-lo vai a DEVO DENUNCIAR?.


Quer tenhas ou não pedido ajuda ou denunciado o que se estiver a passar, há algumas estratégias que podes sempre usar para te protegeres:

  • Grava contactos telefónicos importantes no teu telemóvel, para poderes pedir ajuda facilmente caso precises.
  • Quando saíres diz a alguém em quem confies onde vais e a que horas regressas. Avisa sempre os teus pais.
  • Procura caminhos alternativos para os locais que costumas frequentar (por exemplo, de casa para a escola e da escola para casa).
  • Procura andar na companhia de pessoas em quem confies. Evitar ser “apanhado/a” sozinho/a é uma forma de evitar as investidas do(s) agressor(es).
  • Se te deparares com o(s) agressor(es) responde com segurança, sem medo e sem violência. Não mostrares que estás assustado/a pode ser suficiente para que o bullying acabe.
  • Se sentires que estás numa situação de perigo vai para um local onde te sintas seguro/a ou para um local onde estejam mais pessoas. Também podes ligar 112. O profissional que te atender enviará para o local em que te encontras os meios necessários para te proteger.

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) é uma instituição particular de solidariedade social que presta informação, proteção e apoio emocional, psicológico, jurídico e social a todas as vítimas de crimes, aos seus familiares e amigos.

O apoio é gratuito e CONFIDENCIAL (o que significa que não precisas de te identificar para falares connosco – dizer o teu nome, onde moras ou o nome dos teus pais, por exemplo).

A APAV possui uma rede nacional de Gabinetes de Apoio à Vítima espalhados por diferentes regiões do país. Neles tens ao dispor um conjunto de Técnicos de Apoio à Vítima, devidamente formados e preparados, que podem aconselhar-te, apoiar-te e responder às tuas dúvidas e preocupações.

Se precisares de ajuda ou informação podes:

  • Ligar para o 116 006 (08h00 . 22h00);
  • Enviar e-mail para LAV@APAV.PT. Os nossos profissionais irão responder-te o mais rapidamente possível.
  • Dirigir-te a um dos nossos GABINETES DE APOIO À VÍTIMA.

QUALQUER PESSOA QUE TENHA SIDO VÍTIMA DE CRIME OU QUE TENHA TESTEMUNHADO A OCORRÊNCIA DE UM CRIME PODE DENUNCIÁ-LO.

Se foste vítima ou testemunhaste algum crime, é muito importante que o denuncies às autoridades. Se o fizeres, a probabilidade de a pessoa que o cometeu ser punida e impedida de fazer o mesmo a outras pessoas é maior.

 O QUE ACONTECE QUANDO ALGUÉM FAZ UMA DENÚNCIA?

  • Há crimes (por exemplo, violência doméstica, maus-tratos, abuso sexual, roubo, homicídio) nos quais a denúncia feita por qualquer pessoa é suficiente para que o processo na justiça seja iniciado. Chamam-se CRIMES PÚBLICOS e não necessitam que a vítima apresente qualquer queixa.

  • Há profissionais que estão obrigados por Lei a denunciar todos os crimes públicos dos quais suspeitem ou tenham tomado conhecimento no seu contexto de trabalho: este é um dever das autoridades policiais, de todos os funcionários públicos, demais agentes do Estado e gestores públicos.
  • Nos CRIMES QUE NÃO SÃO PÚBLICOS (OS CRIMES SEMIPÚBLICOS E OS CRIMES PARTICULARES), para se dar início ao processo na justiça é necessário que a própria vítima apresente queixa-crime, mesmo que existam denúncias anteriores.
  • Se a vítima tiver menos de 16 anos de idade, a queixa-crime terá que ser apresentada pelos seus representantes legais (normalmente, os pais).

Após a denúncia e/ou queixa-crime inicia-se uma FASE DE INVESTIGAÇÃO.

  • Nesta fase a POLÍCIA procura recolher provas do crime.
  • Durante a recolha de provas, a vítima, a pessoa que efetuou a denúncia, as testemunhas (se existirem) e o/a agressor/a (nos casos em que foi identificado/a) são ouvidos pelas autoridades policiais, ou seja, terão que contar ao agente de autoridade tudo aquilo que sabem sobre o que aconteceu.
  • É possível que, se o caso for a Julgamento, tenhas que repetir tudo aquilo que já tinhas contado à polícia.

No fim da INVESTIGAÇÃO, o MAGISTRADO DO MINISTÉRIO PÚBLICO pode:

  • acusar alguém de ter praticado o/s crime/s, ou
  • arquivar o caso se não existirem provas suficientes.

Para saberes mais sobre aquilo que pode acontecer no final da INVESTIGAÇÃO, clica AQUI.

Quando há acusação contra alguém pela prática de crime, acontece um JULGAMENTO.

Após o Julgamento o Juiz decreta a SENTENÇA: ou condena ou absolve a pessoa acusada de ter praticado o crime.

 ONDE PODE SER EFETUADA A DENÚNCIA OU A APRESENTAÇÃO DE QUEIXA-CRIME?

No caso dos crimes que não são públicos, a queixa deve ser apresentada até ao prazo máximo de seis meses a contar a partir da data em que o crime aconteceu.

Para saberes mais sobre a denúncia, clica AQUI.

 O QUE É PRECISO PARA EFETUAR UMA DENÚNCIA OU APRESENTAR QUEIXA-CRIME?

Tanto a denúncia como a apresentação de queixa-crime são procedimentos gratuitos, não acarretando qualquer custo para a vítima ou para a pessoa denunciante.

Em qualquer dos locais onde se pode apresentar queixa ou denunciar, é importante dar o máximo de informação sobre o que aconteceu:

  • Hora e data do crime;
  • Identificação do queixoso;
  • Local da ocorrência;
  • Descrição da ocorrência;
  • Identificação das testemunhas.

As informações serão registadas e enviadas para o Ministério Público. O/a agressor/a será, depois, chamado/a pelas autoridades policiais para ser ouvido/a.

Para mais informações sobre como denunciar, clica AQUI. 

    É natural que te sintas apreensivo/a por ter que falar com as autoridades policiais sobre o que aconteceu ou sobre o que testemunhaste. Contudo, podes ter ajuda ao longo de todo o processo.

    Decidas o que decidires, TENS SEMPRE DIREITO A SER APOIADO/A. Mesmo que não denuncies o crime, é muito importante falar com alguém sobre o que te aconteceu, sobre como te sentes e obter todo o auxílio e apoio de que necessitas.

    Se quiseres conversar com alguém antes de decidires, os TÉCNICOS DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE APOIO À VÍTIMA estão disponíveis para te informar e aconselhar. Consulta os nossos contactos AQUI.

    Não. Para além do bullying, há outras formas de violência na escola, por exemplo: roubos; vandalização do material ou da propriedade escolar; violência contra professores ou outros funcionários; violência dentro da sala de aula; violência sexual; violência no namoro.

    Não. A violência não é um comportamento normal. A violência também não é uma brincadeira. Nas brincadeiras é suposto que todos os intervenientes retirem gozo e prazer da experiência. Os colegas podem “pregar” partidas uns aos outros mas, quando essas brincadeiras têm como propósito envergonhar, magoar ou prejudicar outra pessoa deixam de ser partidas para serem um comportamento agressivo ou violento.

    Se pensares desta forma “como me sentiria se fosse eu que estivesse no lugar daquele/a rapaz/rapariga que está ali a ser gozado/a?” rapidamente percebes que a brincadeira só é engraçada para alguns (para quem está a ser gozado/a não é engraçado e, pelo contrário, pode causar vergonha, medo e muito desconforto).

    Ambos: quer rapazes quer raparigas podem cometer bullying. Os rapazes e as raparigas distinguem-se pelas formas de agressão que costumam usar:

    • As raparigas envolvem-se mais facilmente em formas de bullying social, como espalhar rumores, excluir alguém de um grupo ou outras estratégias que procuram humilhar a pessoa no seu grupo de amigos;
    • Os rapazes recorrem a formas de bullying mais diretas, como os empurrões, a agressão física e os insultos.

    O bullying é um comportamento que geralmente se inicia no ensino básico. Pode, no entanto, continuar durante o ensino secundário e a idade adulta. Se ninguém tomar qualquer atitude em relação à situação, alguém que é agressivo/a quando é jovem manterá esse comportamento nos seus relacionamentos futuros (de amizade, de trabalho, de intimidade).

    Sim. O impacto psicológico de uma experiência de violência depende de diferentes fatores:

    • do tipo de violência - quando a violência é prolongada no tempo e envolve formas mais graves de agressão, como a agressão física ou a sexual, o impacto negativo pode ser maior;
    • das características da vítima - os jovens inseguros e com menos autoestima podem sofrer um impacto negativo mais acentuado;
    • do apoio dos pais, professores e amigos - se a vítima estiver mais isolada e decidir não contar a ninguém o que se está a passar, o impacto negativo; 
    • pode ser mais intenso; ao mesmo tempo, ao não contar o que está a acontecer, o risco de a violência se repetir é maior.

    Podes apoiá-lo/la e dar-lhe mais atenção, passando, por exemplo, mais tempo com ele/ela. Deves mostrar que compreendes o que ele/ela está a viver e que entendes que não queira contar a ninguém. Mesmo assim, aconselha-o/a a contar a alguém: diz ao teu amigo/a para procurar ajuda junto dos pais, dos professores ou de outros profissionais.

    Vai a FOSTE TESTEMUNHA – O QUE FAZER? para obteres mais informações.