Quando a violência doméstica está presente nas nossas vidas pode:
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Ser difícil acreditar e aceitar que se é vítima de violência por parte de pessoas em quem se confia e de quem gostamos;
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Sentir-se vergonha de contar o que se está a passar e de pedir ajuda;
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Sentir-se receio de contar ou de pedir ajuda para não separar a família, nem prejudicar o/a agressor/a;
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Sentir-se culpa por pensarmos que, de alguma forma, somos responsáveis pelo que está a acontecer ou que, se tivéssemos agido de forma diferente, nada teria acontecido;
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Sentir-se medo que o/a agressor/a descubra que procuramos ajuda ou que contamos o que tem estado a acontecer;
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Sentir-se desânimo ou não acreditar que alguém seja capaz de nos ajudar.
Estas são apenas algumas das reações que podem surgir quando se vive uma experiência como esta. Podem ter-se outras reações.
Estas reações são naturais. São respostas do nosso corpo a uma experiência de vida que pode ser difícil e exigente.
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Viver uma situação de violência doméstica também pode prejudicar a nossa autoestima e a visão que temos de nós mesmos:
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Pode tornar-se mais difícil relacionarmo-nos com as outras pessoas:
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Afastámo-nos dos amigos e dos colegas de escola;
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Preferimos estar sozinhos/as, em vez de estar com outras pessoas;
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Recusámos fazer atividades que adorávamos fazer (por exemplo, ir ao cinema com os amigos);
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Perdemos interesse em sair ou em estar com outras pessoas.
Também podem surgir alguns problemas escolares:
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Descida nas notas ou negativas nos testes;
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Menos atenção nas aulas;
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Menos interesse e motivação para estudar;
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Mais faltas injustificadas.
Também podem surgir sintomas físicos e problemas de saúde:
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Ferimentos, lesões, nódoas negras, fraturas nos ossos (típicos de quando a violência é física);
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Perda de apetite;
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Dificuldades em dormir (ex.: insónias; pesadelos);
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Dores de cabeça, dores de barriga, enjoos e náuseas.